Desempenho de Edificações com Fachadas de Vidro
Com a adoção de novos sistemas surge a seguinte dúvida: será que os vidros estão sendo usados corretamente?
Um vidro mal especificado pode afetar o desempenho da edificação, portanto, o projetista deve considerar fatores como o fator solar (FS), transmissão de luz, refletividade, cor do vidro, região em que se localiza a obra e finalidade da edificação. Contudo, a maior preocupação é com desempenho térmico, pois as principais trocas térmicas em uma edificação acontecem geralmente nas janelas, claraboias ou outro elemento transparente da arquitetura.
As formas de trocas térmicas da edificação com o ambiente externo são por convecção, condução e por radiação, sendo esta última diferenciada em elementos translúcidos comparando com as superfícies opacas, devido a radiação transmitida para o ambiente.
A necessidade de agregar eficiência energética e garantir o desempenho adequado aos projetos com a fachada predominantemente em vidro ficou facilitada com vidros que filtram os raios solares, vidros com espectro seletivo, capazes de selecionar o comprimento de onda solar mais benéfico para o desempenho lumínico e controle solar, sendo este último fundamental para fachadas. Hoje existem vidros que chegam a apresentar FS de 29%, valor considerado de alto desempenho, pois valores de FS entre 30% e 40% são considerados bons, já que quanto menor o fator maior a eficiência.
Portanto, se no passado os edifícios envidraçados se comportavam como estufas por conta do baixo desempenho térmico dos vidros, hoje em dia se tornaram alternativas sustentáveis.
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